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É um cajueiro florido, carregado de fulô!
É um matuto sentado à porta, dividindo o batente com seu cão de estimação
É um gato bebendo leite no pires!
É um lago bem cheinho de água barrenta, água nova, da chuva!
É uma fulô de maracujá em trepadeira, na cerca!
É uma galinha cacarejando no quintá, cheinha de pintinhos!
É Mimosa mugindo no curá!
É o caminho comprido da roça, florido das flores matutinhas...
É o pôr-do-sol por riba da cerca a espiar-me bem devagar,
Sem pressa de se pôr...
É os ói de Maria se encontrando com os meus, no mesmo oiá!
É o último aceno que se dá, lá no finá da estrada, "se encobrindo de vista",
Querendo ficar...
É o amor que se faz nos braços de quem se ama...
É a última pétala da flor que cai, encerrando a primavera!
É uma foto na parede lembrando quem já se foi...
Marluce Freire Nascasbez
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