Quando escrevo sinto a vida asfixiando a morte!



Marluce Freire Nascasbez


Charme? Caráter? Fosse o que fosse, ela tinha isso.


Virginia Woolf




sábado, 12 de dezembro de 2009

Poesia prá mim...

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É um cajueiro florido, carregado de fulô!


É um matuto sentado à porta, dividindo o batente com seu cão de estimação


É um gato bebendo leite no pires!


É um lago bem cheinho de água barrenta, água nova, da chuva!


É uma fulô de maracujá em trepadeira,  na cerca!


É uma galinha cacarejando no quintá, cheinha de pintinhos!


É Mimosa mugindo no curá!


É o caminho comprido da roça, florido das flores matutinhas...


É o pôr-do-sol por riba da cerca a espiar-me bem devagar,
Sem pressa de se pôr...


É os ói de Maria se encontrando com os meus, no mesmo oiá!


É o último aceno que se dá, lá no finá da estrada, "se encobrindo de vista",
Querendo ficar...


É o amor que se faz nos braços de quem se ama...


É a última pétala da flor que cai, encerrando a primavera!


É uma foto na parede lembrando quem já se foi...







Marluce Freire Nascasbez
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