Quando escrevo sinto a vida asfixiando a morte!



Marluce Freire Nascasbez


Charme? Caráter? Fosse o que fosse, ela tinha isso.


Virginia Woolf




sábado, 31 de julho de 2010

Há muito tempo não escrevo...

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Há muito tempo não escrevo,

Tenho tanto a dizer!

Mas vou poupar as palavras

Pois elas embargariam a voz

Compadecidas ao que vos diria

E choraríamos juntos...

Entrelaçaríamos as lágrimas,

Borraríamos os versos

Encharcaríamos o papel!

Berraríamos juntos,

Um choro inconsolável!

Um choro alto e em coro,

Com eco!


E poucos compreenderiam,

Diriam todos:

__Estão loucos,

O poeta e a PALAVRA

Cumplicidade!





Marluce Freire Nascasbez

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

COISAS DO MEU SERTÃO...

Imagem da web
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Em dias de chuva

 

 


Em dias de chuva
Dona Maria não sai à porta, na rua, sem ela, as novidades envelhecem...
Ela corre com as bacias às biqueiras!
Valha-a Deus...

As roupas brancas, perdem a cor de branco sujo... tanta água nova...

__Olha a chuva seu Joaquim!
Seu Joaquim é pego de surpresa, toma banho, forçado...

Os meninos correm aos banhos... sorrisos lavados...

O verde acorda das árvores dormidas...

Os pássaros tiram a poeira das penas
Sofridas nos dias de pouca fartura no mato...

A roseira, na chuva,
Perde as pétalas, caídas ao chão,
A terra bebe água perfumada...


Assim é meu Sertão
Em dias de chuva...


Marluce Freire Nascasbez

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O dia nublado!




                                                                  Imagem da web
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O dia nublado quer nublar meu coração,

Afligir minha alma,

Espremer meu íntimo,

Pressionar tudo por dentro...


Por que o dia assim,

Mexe com o que guardamos

Lá por dentro?


Coisas que nem sabemos

E nem percebemos que guardamos,

Vem à tona quando o dia

Torna-se nublado!


O dia nublado,

Talvez seja

O dia assim,

Tão igual ao que não conseguimos

Jogar fora,

Meio turvo!


O que se guarda muito tempo

Sabe de seu valor!

Procura um dia bem assim,

Que oculta

O que se tem reservado,

Para nos revirar pelo avesso

Remexer no antigo,

No triste,

E nos deixar tão frágil!


O dia nublado se torna tão ideal

Para jogar tudo para fora,

Agonizar tudo por dentro,

Ofuscar o que se quer ferir,

E nos deixar indefeso!


Talvez tudo que está guardado

E dele não nos desfazemos

Ganha força nos dias

Tão assim...

Que se faz oportuno

Para mostrar suas garras

E nos ferir bem na retina!





Marluce Freire Nascasbez
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Imagem do gloogle (?)


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Um dia há de existir

Essa mulher que, amordaçada,

Mantenho adentro de mim!








Marluce Freire Nascasbez

domingo, 11 de julho de 2010

Sem inspiração

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O poeta,

Sem inspiração

Para escrever,

Compactua ao estro

A palavra que trava,

Que some ao ar

Ao vácuo infindo

Do ser humano

Sem alinho,

Sem alento,

Para pôr no papel

Uma palavrasentimento

Que exprima o seu desalinho,

Seu sopesar...

Quando a palavra cala,

Seu anseio mais profundo

Se guarda,

Se emaranha

Dentro do anjo poeta

E se esconde!

E simplesmente,

O poeta sem palavras,

Sem inspiração,

Não escreve!

Chora,

Agoniza,

Amargando a palavra

Que está presa

E não quer liberdade...

Mas, o poeta entende

Que a palavra

Emudece, talvez,

Sem inspiração!

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Marluce Freire Nascasbez
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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aparece aí na janela!

                                                   Imagem do gloogle
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Há uma flor se abrindo!

O sol nascendo!

Um pássaro cantando!



Alguém suplicando teu olhar,

Alguém te dizendo:

__A vida está   p    a      s        s         a      n   d o!





Marluce Freire Nascasbez
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

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É do amor que falo,

É dele o vermelho!


Quem o usa, pede-o emprestado!





Marluce Freire Nascasbez
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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Tempo

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http://www.dzai.com.br/guylmormacoy/foto/show_foto_peq?mid_md5=647dca5858e6185e4f770f77265e4980
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Para aonde tu vais tempo,
Com tanta pressa em chegar!?...





Deixas-me estagnada no agora,
Atada minha vida...




E nem me levas!
Deixas-me para trás...



Desgarrando-te de mim,
Predizendo-me, que não estarei
No tempo que há de vir!

(Amanhã)
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                                 Marluce Freire Nascasbez
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