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Vovó e Dudu
Eu não sei o que acontecera que naquele dia que cheguei em casa num entardecer do mês de abril, o crepúsculo daquele entardecer sombreara o olhar de vovó Lia...
Quando entrei em casa ela me olhou de um jeito que parecia ter me visto a primeira vez! Não sei se ela só me via todos os dias e não me enxergava... Depois ela baixou o olhar igual ao entardecer se fez crepúsculo, anoiteceu...
No outro dia já era maio! Vi vovó debruçada na janela divagando o olhar no orvalho de uma flor em nosso quintal e eu vi o orvalho na face da mais bela flor que já vi em toda minha vida! O orvalho no rosto da flor Lia! E a alvorada já em término, dissipa o orvalho daquelas belas flores e causou-me uma dúvida: qual era a flor? Qual era mesmo a flor em que o orvalho acariciava-lhe a face? Se eu fosse o orvalho com certeza seria a face de vovó Lia a flor acariciada...
Marluce Freire Nascasbez
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Já postado no OVERMUNDO
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