Há sempre um poeta
Há sempre um poeta
Com uma palavra solta do coração
Caída na folha de um papel...
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Há sempre um poeta
Com uma palavra
Escorrendo pelo canto do olho...
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Há sempre um poeta
Com uma palavra embargando a voz
Guardando,
Sufocando dentro do peito:
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Um des(amor),
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Um des(amor),
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Um des(espero),
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Uma lou(cura),
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Uma saudade,
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Uma dor,
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Uma flor,
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Um beija-flor,
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Um lenço,
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Um dia de in(certeza)s...
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Um dia por vir...
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Um aceno de cumprimento... ...de adeus...
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Há sempre um poeta
Que se enverga,
Encolhe-se,
Agiganta-se,
E sai do “bronze”!
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E escreve de suas dores múltiplas,
Um poema!
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Marluce Freire Nascasbez
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