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Quanto sentimento
E nem um para elucidar
Como nos sentimos quando alguém “parte de nós”
E nos deixam em pedaços, sem conseguir refazer sua presença...
Buscamos explicações para justificar o sentimento de ausência,
Mas não a encontramos,
Ficou um vazio!
Esse vazio que ficou desse alguém
É preenchido por um sentimento
Que se sente e não se sabe dar nome...
Dizemos: perdemos, partiu...
Mas nunca se perde alguém que partiu!
Que partiu?
Eles nunca partem, não é mesmo?
Morrer?
Morrer não é assim
Quando se vive,
Quando se ressurge
Em misteriosas ocasiões,
Que te fazem tão presente
Em uma fisionomia tão irmã “à tua”
E não é nada de ti!?...
Deve ser assim que fala o espírito,
Eu estou aqui!
E para não nos assustarmos
Revestes-te de um manto enigmático
Que os pobres olhos humanos
Não conseguem sondar o que está por trás
De cada susto que temos
Em muitas vezes em encontrar-te
Em um gesto,
Em um sorriso,
Em uma birra,
Em um aceno,
Em um olhar,
Que de ti faz lembrar...
Quanto mistério!
Tanto segredo!
Que faz que estejamos tão juntos,
E tão separados!?...
As coisas que possuías
Muito mais te possuem!
Vives em cada pedacinho das coisas que te pertenciam,
Parece que delas mimam um pouco de ti...
E ressurgis em tanta coisa!
Na decência,
Na firmeza,
No espírito de luta,
Na força,
Na música,
Na solidão,
No silêncio
Onde ficaste impregnado...
E estás na beleza ímpar
Que Deus criou,
No perfume de uma flor!
E por mais inatingível
Que seja a explicação
E conclusão
Do que existe
Entre o viver e o morrer
A semente talvez seja uma explicação sutil da vida, viver, morrer!
Marluce Freire Nascasbez
Os mistérios, Marluce, me fascinam mais...Mas essa frase do seu texto: 'buscamos explicações para justificar os sentimentos de ausência'... Ah, essa frase, foi um soco na alma, coração e sensibilidade!
ResponderExcluirBjs*
Marluce,
ResponderExcluirCada pedaço do outro se junta em cada pedaço de nós, ora deixando-nos tristes, ora alegres com as lembranças. O tempo cuida de nós!
Marluce Querida...
ResponderExcluirNas suas palavras... na sua poesia... as dores mais insuportáveis se fazem leves... serenas... quase doce!
Aprecio como escreves sobre "partidas" e "ausências"! Aprecio seu coração cheio de paz e nobreza!
Lindo feriado de saudades... linda noite de poesia!
Deixo beijo
Com carinho
Sil
Sempre aqui
Grata pela visita!
àqueles parente e amigos que partiram fica em nós um grande vazio em nossos corações.
ResponderExcluirBj
Marluce ,
ResponderExcluirBelíssimo texto como tudo que você escreve .
Não vou me aprofundar porq tenho uma imensa perda que ainda mexe demais comigo ...É sempre difícil .
BjO Imenso e obrigada por seu Carinho
de sempre ...
Olá.
ResponderExcluirPenso que a morte se divide em duas partes:
a primeira, quando morre o corpo,
a segunda, quando morre a lembrança.
Mas se alguém nos leva em sua vida,
mesmo após a partida,
o que era fim novamente renasce...
Dias de paz para ti.
Que lindos versos poeta, amei!
ResponderExcluirUm grande bjo amiga!
Gena
Como espírita não acredito em vida e morte, existem estágios no corpo e no plano espiritual.
ResponderExcluirMas como espírita sofro cada perda de forma terrível, porque a razão não acalma o coração.
Amiga, esta é a nossa fatalidade, cedo ou tarde teremos a mesma dor, o mesmo vazio.
disseste o essencial de forma poética e suave.
lindos versos.
Beijos
Marluce,
ResponderExcluirNão há ninguém imune à história do Patinho Feio...
Beijo :)